Silhouette of a man that perceives a mysterious and encrypted message, that needs to be decode to decipher the message.

Redação

Data

November 29, 2021

Sumário

Artigo de opinião de Henrique Zarco Cota publicado na Sapo TEK

"A Matemática Sexy do User Experience" é o nome de um artigo de opinião assinado por Henrique Zarco Cota, Senior Manager da Decode. O artigo foi publicado integralmente na Sapo Tek e pode ser lido de seguida.

É nos detalhes que se encontram os denominadores comuns às coisas do mundo, precisamente na natureza intrínseca das coisas.

Esse é o habitat natural dos padrões que emergem at random, e é, nem mais nem menos, a frequência com que ocorrem que revela muito do glamour e do “mistério” que caracteriza o tecido que dá forma aos objetos com que interagimos.

Parece emergir um equilíbrio que atravessa culturas, continentes, civilizações e que hoje tem uma evidência nas abordagens à forma de apresentar plataformas tecnológicas através de interfaces ergonómicos que oferecem experiências de utilização ricas, atrativas, sexy.

É absolutamente fabuloso que realidades tão distintas como o Partenon de Atenas, a sequência de números que Fibonacci (com a qual o professor Robert Langdon se encontra na obra de Dan Brown) e a estrutura de interfaces aplicacionais, convirjam, todos estes (e tantas outras realidades, locais e globais), de forma tão persistente, para um número.

Um número bem concreto, o consagrado golden ratio (=1,618 = (√5 +1)/2), o qual, acompanhado de fatores de escala específicos como, por exemplo, a constante de Pitágoras (nem mais nem menos do que √2), a estruturar uma partitura harmónica.

Golden ratio este que já era estudado por matemáticos como Pitágoras e Euclides de Alexandria, no século IV a.c., podendo ser encontrado em diversos padrões na natureza, obras de artistas como Dali e que hoje tem uma aplicação concreta na análise de mercados financeiros.

Emerge, assim, que tal matemática é o esqueleto subtil que estrutura uma tendência de equilíbrio que caracteriza as catedrais de convergência de pessoas na dimensão Internet do mundo, com os websites e as aplicações assentes em interfaces simples, minimalistas, clean, e que proporcionam um user experience (UX) de elevada satisfação.

Contemplando muitos casos de sucesso na construção das interfaces das aplicações homem-máquina, onde se procura que estas sejam simples, minimalistas, clean e de agradável navegação, podemos observar que de facto existe uma matemática convergente.

Em linha com um estudo que realizei no domínio do Intelligent Design, resultou, para o caso concreto que aqui se refere, uma aderência ao modelo paramétrico que é o outcome do referido estudo, que a proporção numérica dos vários objetos gráficos implementados aqui, apresentam um alinhamento (quase) perfeito com golden ratio (?), numa proporção da constante de Pitágoras (√2), apresentando um desvio residual na ordem de 0,33%.

Resulta, portanto, que o sexiness de uma interface de utilizador (UI) est(ar)á indexado a uma matemática omni presente que marca, de forma transversal, o pulsar das realizações da natureza e as da engenharia, designadamente artefactos concretos no domínio do UX/UI, como se estivesse escrito no DNA da existência um padrão concreto que independe do tempo e do espaço.